É incrível como o tempo voa nas mãos destas duas mini-princesas. Chegamos à fase dos sorrisos e palradelas. São estas pequenas conquistas que deixam o meu coração cada vez mais completo. Estou feliz! Sou feliz!
Embora a minha assiduidade por aqui já não seja a mesma de outros tempos, a falta de notícias deve-se a novas complicações com a saúde da minha menina mais nova. A M. foi novamente internada devido a uma infecção no ouvido. Mais uma vez a logística por aqui complicou-se ao ter de me dividir entre as minhas duas meninas. Para piorar a situação, a M. repetiu o episódio de engasgamento. O facto de estar internada facilitou a rapidez de resposta e felizmente ela recuperou bem. Como não se tratou de um episódio isolado, os médicos na neonatologia decidiram fazer um electroencefalograma para avaliar a existência de perturbações neurológicas, embora todos os sintomas apontem para problemas de refluxo. Mas contrariamente ao esperado, o resultado do EEG revelou alguma actividade que pode indiciar problemas de epilepsia. Para já, a neurologista não quis medicar por se tratar de uma actividade ligeira e a medicação ser demasiado forte para uma bebé tão pequenina. O combinado foi manter as medidas de prevenção do refluxo e esperar que os episódios não se repitam. Por agora resta-nos estar atentos e evitar que a nossa menina sofra ainda mais. Que mais lhe estará reservado?
Isto de ser mãe/ pai tem muito que se lhe diga. Tenho de reconhecer que não podia estar mais errada ao pensar que o difícil era engravidar e que depois tudo seria mais linear. A prova disso foi o grande susto que apanhamos na 5ª feira à noite com a nossa M. mais nova. Estavamos a começar o banhinho que ela adora quando de repente deixa de respirar como se estivesse a sufocar. Aquele que é sempre um momento de animação transformou-se numa aflição. A minha pequenina ficou imóvel, muito branca e com os olhos sem reacção. O pai começou a massajar aquele corpinho pequeno e a fazer respiração boca-a-boca numa tentativa desesperada de reanimá-la enquanto eu ligava para o INEM a pedir ajuda. Foram segundos que me pareceram horas. Pensei que ia perder a minha filha! Valeu o sangue frio do pai e a rápida resposta do serviço de urgência. Fomos para o hospital já ela tinha estabilizado e depois de muitas análises e exames, conclui-se que se tratou de um engasgamento ou refluxo (síndrome de ALTE), muito frequente nos bebés até aos 3 meses e mais ainda nos prematuros. Passada quase uma semana deste episódio aflitivo ainda não estamos refeitos do susto. Se já antes eramos pais alerta, agora muito mais. Ser mãe/ pai é uma constante aprendizagem, mas nunca estamos preparados para momentos como estes!
Tenho 34 anos e sou mãe de duas princesas. Lutei durante 5 longos anos para as conseguir e depois de alguns tratamentos (5ICSI e 3 TEC), um aborto tardio às 21 semanas que me levou 2 bebés e uma gravidez não evolutiva, chegaram as M&Ms.
Valeu a pena? Sem dúvida!
Se sou feliz? Muito!