Oceanário

Acreditam que só ontem conheci pessoalmente a Amália e o Eusébio? Foram precisos 11 anos após o encerramento da Expo para visitar o Oceanário! (até tenho vergonha de reconhecer isto!!!)
Em 98 não me quis submeter às longas filas por entender que oportunidades não me faltariam. Afinal se iria permanecer aberto não havia razão para perder tempo precioso que podia gastar a conhecer outros pavilhões. O tempo foi passando e o resultado foi este.
Aproveitei uma escapadinha à capital para disfrutar de uns bons momentos em família. As M&Ms, apesar de muito pequenas, adoraram a visita. Como ainda não sabem do que se trata, chamavam a tudo o que viam "ão-ão" (é o que dá começarmos a ensinar-lhes os animais pelo cão).

Aconteceu, no entanto, uma situação que me incomodou logo no início da visita. Estavamos à espera do pai que tinha ido buscar os bilhetes, quando uns turistas brasileiros passam por nós. Acharam imensa piada às "gémeas" e brincaram um pouco com elas. Até aqui tudo bem. O pior foi quando um deles resolve sacar da máquina fotográfica e, sem pedir autorização, preparou-se para lhes tirar uma fotografia. Tive de dizer que não autorizava. Ele ainda insistiu, mas fui irredutível. Ficaram a olhar para mim muito admirados com a minha recusa, mas não tiveram outro remédio senão acatar.
Provavelmente não consegui esconder a minha indignação e talvez por isso eles tenham estranhado a minha atitude que começou por ser amável e terminou com um grosso "não". Sinceramente, não gostei por dois motivos. Primeiro, as minhas filhas não são nenhuma atracção turística para serem encaradas como "diferentes" e depois não sei que uso dariam à imagem delas. Como mãe tenho a obrigação de as defender e no mundo de hoje todo o cuidado é pouco.
Apesar de tudo fiquei com a sensação que fui um nadinha desagradável, mas é a prova de que para defender o que nos é mais querido e precioso não há condescendências. Será que exagerei?